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São Paulo e Distrito Federal ficam fora da NFS-e Nacional

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São Paulo e Distrito Federal ficam fora da NFS-e Nacional

Resistência das capitais pode influenciar adesão de outros municípios ao novo modelo de nota fiscal de serviços

A Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) Nacional, que passa a valer a partir de janeiro de 2026, tem enfrentado resistências entre alguns dos principais entes federativos do país. São Paulo decidiu manter seu próprio sistema de emissão, enquanto o Distrito Federal também não deve migrar para o modelo unificado.

Esse movimento ocorre em meio a uma fila de aproximadamente 800 prefeituras interessadas em aderir ao padrão nacional, segundo informações de Vinicius Zucchini, CPO da ROIT. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e a Receita Federal trabalham juntas para ampliar a adesão, mas a decisão de capitais estratégicas pode atrasar o processo de unificação.

Adesão ainda lenta

Até o início de agosto de 2025, 1.463 municípios já haviam assinado o convênio de adesão, mas apenas 291 chegaram a emitir NFS-e pelo sistema nacional entre maio e julho. O dado mostra que a transição tem avançado de forma gradual, especialmente entre cidades maiores, que já possuem estruturas próprias e consolidadas para emissão de notas.

Por que as capitais resistem

No Distrito Federal, o ambiente de documentos fiscais eletrônicos é recente e considerado eficiente, o que reduz o interesse em migrar. Já São Paulo optou por seguir com sua própria solução de emissão, baseada em web service simplificado, diferente do modelo nacional que utiliza formato XML, padronizado com outros documentos fiscais, como NF-e e NFC-e.

Apesar de não aderirem totalmente, ambas as capitais compartilham informações com o Ambiente Digital Nacional (ADN), permitindo validação cruzada com o sistema unificado.

Impactos para empresas e municípios

A padronização da NFS-e Nacional é considerada um avanço importante para simplificar a emissão e facilitar o controle tributário em todo o país. No entanto, a ausência de São Paulo — maior polo de serviços do Brasil — e do Distrito Federal pode frear o ritmo de adesão e gerar insegurança para empresas que atuam em diferentes localidades.

Especialistas alertam que a falta de uniformidade entre sistemas pode resultar em custos adicionais de adaptação tecnológica e complexidade operacional para empresas que precisam emitir notas em múltiplas cidades.

👉 Em resumo: a NFS-e Nacional promete simplificação e padronização, mas a resistência de capitais estratégicas mostra que o caminho até uma unificação plena ainda será desafiador.

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